A dieta Alcalina está na moda, e muito se escreve sobre ela. O problema é que a falta de informação, ou a falta de conhecimento, têm levado à partilha de inúmeros mitos sobre a mesma, não só pelo público em geral (através das redes sociais) como também por profissionais da área da saúde.

O erro mais “popular” é achar que a dieta alcalina visa corrigir o pH do sangue…

“O seu sangue tem PH neutro?”

De facto o nosso sangue é ligeiramente alcalino, tendo um pH entre os 7,365 – 7,4 e não varia muito para além deste intervalo, uma vez que existem reacções químicas no organismo que só ocorrem dentro destes valores. O nosso corpo procura sempre o equilíbrio e auto-regula-se. Havendo uma variação para cima ou para baixo, o organismo poderá entrar em colapso.

O que nos interessa, no dia-a-dia, é o cuidado com o pH do interstício (tecido conjuntivo). Aí sim, o pH varia. Varia em função do nosso estilo de vida, em função do que comemos, em função da nossa própria genética.

E podemos medi-lo através de tiras reactivas, na saliva e urina, método que irá medir o pH do tecido conjuntivo e não o do sangue.

Se relativamente à genética, não podemos fazer grande coisa, já no que toca ao estilo de vida e alimentação, podemos fazer muito.

De notar também, que é importante saber fazer a distinção entre a natureza e o potencial do alimento. Ou seja, o que vemos maioritariamente nos vários artigos disponíveis na internet ou até em revistas, são referências aos alimentos alcalinos versus alimentos ácidos, mas isso é apenas um lado da moeda. O que verdadeiramente nos interessa é o potencial do alimento: alcalinizante ou acidificante. Ex: O limão, sendo um alimento ácido, tem um potencial alcalinizante, enquanto o mel, sendo alcalino, tem um potencial acidificante.

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